Título Original: Harry Potter and the Prisioner of Azkaban
Autor: J. K. Rowling
Editora: Rocco
Pág: 288

O livro começa mais uma vez nas férias tão temidas de verão, em que Harry precisa passar com seus detestáveis tios e primo. Para ajudar, além dos tios que já o detestam, uma irmã do tio Dursley vai passar uns dias em sua casa, e ela o atormenta com seus comentários maldosos e cruéis sobre o menino. Harry aguenta calado, com muito custo, tudo o que a terrível mulher fala sobre ele, porém, quando esta menciona de forma pejorativa seus pais, ele estoura, e faz algo que pode levá-lo até a ser expulso de Hogwarts.

Harry sai da casa de seus tios no meio da noite, decidido a não voltar mais para lá, e vai para o Beco Diagonal num Nôitibus, cujo ocupante fala sobre um tal prisioneiro que fugiu de Askaban, a prisão mais segura do mundo dos bruxos, e mais temida também, chamado Sirius Black. Chegando no Beco Diagonal, ele é recebido pelo Ministro da Magia e passa os dias, até o início das aulas, num dos quartos disponíveis.  Chegam lá também a família de Rony, e Harry vive seus melhores dias de férias, perto das pessoas de quem gosta, fazendo aquilo de que gosta, e obviamente, longe dos seus tios e primo. Porém, na ultima noite antes de embarcar, Harry ouve uma conversa escondido entre os pais de Rony, que revela quais são os verdadeiros planos de Sirius Black, um seguidor de Voldemort, que, spoiler, são de ir atrás de Harry em Hogwarts.

Nesse livro conhecemos os dementadores, seres assustadores que guardam a prisão de Askaban, e que vivem da "felicidade" dos outros. Eles sugam essa "energia boa", e deixam o local por onde passam extremamente frio, além de evocar as lembranças mais profundas e terríveis que a pessoa já viveu, levando-as a uma extrema tristeza. No decorrer da história também nos é revelado mais detalhes sobre os pais de Harry, e a forma como eles realmente morreram, assim como quais eram os amigos mais próximos de seu pai, e seu dia-a-dia em Hogwarts.

"A pessoa pode viver sem alma, sabe, desde que o cérebro e o coração continuem a trabalhar. Mas perde a consciência do eu, da memória... tudo. Não tem chance alguma de se recuperar. Apenas... existe. Como uma concha vazia. E a alma fica para sempre... perdida."

O terceiro livro da saga Harry Potter, foi um dos livros mais reveladores até então. No decorrer da leitura, nos é mostrado muito sobre a história de Harry, com uma reviravolta final que realmente não foi esperada. 

Confesso que eu demorei para engrenar a leitura desse livro. Sempre ouvi falar que este é um dos melhores da saga, e depois de ler, posso dizer que concordo! Porém, o começo foi um pouco difícil pra mim, e por isso, desisti da leitura na primeira tentativa. Mas, que bom que eu voltei, rs.

Acho que o mais legal na leitura dessa série é que no decorrer dos livros, vamos conhecendo um pouquinho mais sobre o Harry, "aprendendo" com ele sobre o mundo incrível dos bruxos, e realmente acompanhando o amadurecimento do personagem, que acredito que também nos mostre o amadurecimento da autora em relação a história. Os livros realmente vão ficando mais intensos, mais profundos no decorrer da série, e achei muito legal, porque realmente a história de Harry é muito triste, apesar de sabermos que ele sempre vence no final, rs.

"Você acha que os mortos que amamos realmente nos deixam? Você acha que não nos lembramos deles ainda mais claramente em momentos de grandes dificuldades? O seu pai vive em você Harry, e se revela mais claramente quando você precisa dele."

Eu ainda não consegui assistir o filme desse livro, que é algo que eu sempre faço ao terminar a leitura, e estou ansiosa por isso, para poder fazer comparações, e visualizar alguns personagens de uma outra forma,rs. Espero conseguir ler mais livros da saga ainda esse ano, e não vejo a hora de completar a série toda!

E você, já leu algum livro do Harry Potter? O que achou desse livro? Me conta aí nos comentários.

Beijinhos!


Título Original: Between Shades of Gray
Autor: Ruta Sepetys
Editora: Arqueiro
Pág: 240

O livro conta a história de Lina, uma garota lituana de 16 anos, que vê sua vida tão cheia de esperanças ruir quando os soviéticos invadem seu país, e faz os supostos "opositores" do comunismo prisioneiros, levando-os para campos de trabalho forçado.

A história já começa com o momento em que a família de Lina, é levada pelos soldados. Porém temos flashs, a partir da narrativa dela, de situações ocorridas antes da invasão.Ela levava uma vida tranquila com sua mãe, seu pai, e seu irmão mais novo. Seu pai conversava muito sobre política com colegas que ele levava em casa, e Lina sempre ouvia as conversas. Sendo uma aspirante a artista, por diversas vezes Lina desenhava aquilo que ouvia das conversas do pai, apesar das várias repreensões dele quanto a isso, já sabendo o quão perigoso era se opor ao regime. Lina também relembra de fatos de sua adolescência, em que vemos conflitos comuns e até bobos de adolescentes, misturados a um clima de tensão devido a iminência da invasão em seu país, e à Segunda Guerra Mundial.

Quando a família dela é levada, seu pai já havia sido preso antes. Então, só restavam os três, e sua mãe não queria que sua família ficasse ainda mais separada, por isso fez de tudo para que, ao serem obrigados a embarcar num trem em que não sabiam o destino, ficassem todos juntos. Nesse trem, embarcaram vários outras pessoas, inclusive uma moça que havia acabado de dar a luz, e que fora retirada do hospital junto com sua bebê, ainda sangrando, para ser levada presa.

Todos eles estão na mesma situação, sendo levados não se sabe para onde, nem por que, num trem em que piolhos já eram em maior número do que as pessoas, tendo que se alimentar com a lavagem que os soldados lhes davam, e fazendo suas necessidades por um buraco no vagão.

No decorrer da história eles são levados para um campo de trabalho forçado, onde os serviços variam entre plantar beterrabas, trabalhar na fábrica, cortar lenha... A prisão, a situação vivida e a tristeza que isso traz é tanta, que as pessoas que se conheceram naquele vagão passam a ter o apoio apenas desses desconhecidos, que se tornam amigos e amores, e as únicas pessoas com quem contar. Juntos, eles relembram histórias de sua amada Lituânia, tentando nutrir esperanças de um dia poderem retornar a seus lares e reencontrar suas famílias.

O livro é todo narrado em primeira pessoa, por Lina, o que foi uma excelente escolha narrativa, pois nos deixa muito mais próximos dos personagens, e faz com que consigamos "sentir" aquilo que é dito no decorrer da leitura.

Eu já havia lido o livro, anteriormente, com o título de "A Vida em Tons de Cinza". Como eu li o livro há algum tempo, ao reler agora eu nem me lembrava que era a mesma história. Lembro que quando li pela primeira vez, a história me surpreendeu muito, pois não conhecia esse lado da Segunda Guerra Mundial que a autora retrata em seus livros. Estava acostumada a ler livros que falavam sobre o nazismo, e os campos de concentração alemães, mas nem imaginava o quanto outros povos também sofreram durante esse períodos, especialmente devido as ocupações soviéticas.

O livro nos mostra esse lado da guerra, que muitas vezes não é contado, mas que, assim como já sabemos que ocorria nos campos de concentração nazistas, também foi permeado por torturas físicas e psicológicas, sofrimento, morte e degradação. Pela visão de Lina podemos ter uma ideia do quanto tudo o que tinham fora tirado, não só em relação a bens materiais, como também a dignidade, a família, os direitos como cidadãos,  e como a maioria deles nem sequer sabia o motivo de tudo aquilo estar acontecendo com eles.

Além de retratar todos os horrores da guerra, o livro também nos traz uma história de amor adolescente, que surge em meio a algo tão devastador, mas que é o que dá forças ao casal para continuar enfrentando o trabalho forçado, a fome e o frio, nutrindo neles a esperança de que um dia poderão viver esse amor em paz. E é muito lindo o quanto esse sentimento pôde surgir em meio a guerra, e o quanto ele foi capaz de levantar os dois personagens, e lhes dar uma injeção de ânimo, mesmo quando já pensavam em desistir.

Enfim, a narrativa do livro é bem fluida, apesar de relatar acontecimentos tão tristes, e muitas vezes pesados. A autora porém consegue nos fazer mergulhar nesse universo, e ficamos ávidos por querer terminar a história, torcendo para que, apesar de todas as tragédias, o final nos traga um momento bom para os personagens.

Recomendo muito a leitura desse livro, e espero poder ler mais livros da autora em breve.

Fiquei sabendo, ao procurar mais sobre o livro, que será lançado um filme contando essa história, e já fiquei bem curiosa para assistir.

E você, já leu esse livro, ou conhece algum outro livro da autora? Me conta aí nos comentários.

Beijinhos!


 Olá meus amores, 

Hoje o post vai ser um pouco diferente. Hoje eu vim aqui para enaltecer (e encorajar) os blogueiros literários! 


Se você viveu nos anos 2008 (ou antes, é que foi nessa época que eu conheci os blogs, kk), sabe que esse mundo todo de internet era beeeem diferente. Era uma época de MSN, Orkut, salas de bate papo, e uma internet em velocidade meeeeega lenta, rs. Apesar disso, eu acho que nós vivenciamos a experiência de "navegar na web" de uma maneira muito mais intensa. Quando tínhamos a oportunidade de sentar na frente daquele computador para acessar, nós realmente aproveitávamos aquele momento. Não sei também se por causa da dificuldade de acesso, mas acho que os conteúdos postados nas poucas redes sociais que utilizávamos era mais relevante, pelo menos para nós, visto que ninguém ia perder tempo postando asneira, sendo que talvez aquela fosse a única oportunidade do dia de escrever um scrap ou mandar um depô para um amigo. 

Pois bem, mas o que isso tudo tem a ver com os blogs, especialmente os literários? Acontece que, como eu falei, a internet tinha conteúdos muito mais escassos naquela época, novamente, talvez porque a velocidade dessa ferramenta era muito lenta, então para subirmos algum conteúdo levava um tempo maior do que hoje em dia. E, foi justamente nessa época, em que a internet não carregava vídeos numa velocidade surreal, e as vezes nem imagens muito pesadas, que os blogs ganhavam força, com suas páginas simples e conteúdo escrito, que era bem mais fácil de carregar.

Foi nessa época que muitos blogueiros famosíssimos começaram a surgir, e sim, começaram escrevendo em blogs, apesar de hoje em dia muitos terem abandonado essa ferramenta para se dedicar somente aos vídeos. Mas, hoje eu vim aqui para te dizer, meu caro e querido blogueiro que lê esse post: não desista de blogar! E por quê ?

Bom, apesar das diversas ferramentas que temos acesso hoje, apesar de diversas redes sociais, em que os conteúdos são difundidos de forma muito rápida e atraindo muito mais gente, apesar de muitas pessoas não terem tempo para parar uns minutinhos e ler alguma coisa, preferindo assistir algo enquanto fazem outras mil coisas... apesar de tudo isso, o trabalho feito por um blogueiro, que se dedica a pensar numa postagem, a escrever vários parágrafos a respeito de algo em que acredita, que interage com os seus leitores, é de uma importância muito grande, na divulgação de leituras que, muitas vezes, não fazem parte do hype, e que por isso não são muito difundidas. Também leva as pessoas a se interessarem por livros que nunca escolheriam por si mesmas, por um título que não lhes agrada, ou por ser de um gênero que não tem familiaridade. 


Além disso tudo, outro motivo muito, mas muito importante de porque os blogs literários não podem morrer, é porque, por menor que seja o blog, por menos visitas que tenha, ou por mais que pareça que estamos escrevendo para ninguém às vezes, esse é nosso cantinho nesse mundão de internet, com tanta coisa, tanta informação. É nosso espaço de expressão, onde nos sentimos livres para expor nossas opiniões, divulgar um amor que temos, e, quem sabe, trazer mais pessoas para esse universo literário, tão vasto e tão abrangente.

É isso galera, o texto de hoje foi bem diferente, mas é que me deu vontade de falar sobre isso, até mesmo para me motivar, visto que fazia tanto tempo que não escrevia por aqui. De novo, não por não gostar, ou por ter me desinteressado, mas pela bendita falta de tempo. E vou continuar vindo aqui, esporadicamente, sempre que eu conseguir, para eu também contribuir com essa iniciativa de manter esse blog vivo!

Beijinhos!