Título OriginalThe Silent Wife
Autor: A. S. A. Harrison
Editora: Intrínseca
Pág: 256

O livro conta a história de Jodi, que é uma psicóloga, uma mulher muito distinta e elegante, do tipo que parece ter a vida perfeita, sendo inclusive um pouco paranóica em relação a arrumação. Ela é casada com Todd, um profissional da área imobiliária (não sei se seria empreiteiro), que gosta de ter uma vida organizada e tranquila ao lado da esposa, mas que vive uma vida fora do casamento com outras mulheres.

Para  Jodi, não é novidade que seu marido a trai, tendo alguns casinhos extra conjugais por aí, mas isso não a afeta tanto, pois ela tem a certeza de que ele a ama, e que esses casinhos são apenas aventuras que o marido busca, talvez por algo relacionado a infância traumática em que Todd viveu, tendo um pai extremamente abusivo.

Jodi tem um jeito peculiar de lidar com as coisas: ela não se abala, e se fecha com seus sentimentos apenas para si. O mundo pode estar caindo em sua vida, mas ela permanece meio que alheia a tudo, não no sentido de não sentir, mas de guardar para si seus sentimentos.

Todd mantém, além de outros casinhos, uma relação um pouco mais duradoura com Natasha, filha de um amigo, que tem metade de sua idade, o que faz com que ele se sinta mais jovem, ainda atraente e cheio de si. Porém, apesar de gostar de estar com Natasha, como já disse, ele gosta da tranquilidade de seu relacionamento com Jodi, mas tudo muda quando Natasha lhe conta que está grávida e exige que ele tome a atitude de se separar de Jodi e se casar com ela.

Como Jodi é uma mulher que aparenta estar "plena" mesmo em meio ao trágico fim de seu relacionamento, Todd não sabe o que esperar dela, e acredita que ela irá aceitar o fim como algo que tinha que acontecer, e continuar vivendo a vida dela, Porém, apesar de ser mais fechada com seus sentimentos, Jodi sente tudo isso que está acontecendo e passa a ter certas atitudes que Todd não esperava, que culminam em uma tragédia inesperada.

"No final, ela precisou aceitar que mesmo que você esqueça, não quer dizer que aquilo nunca aconteceu. O quadro-negro não está totalmente limpo, você não pode recuperar a pessoa que era antes; seu estado de inocência não está ali para ser retomado. A experiência que você teve pode ter sido indesejada, pode não ter dado em nada além de danos e desperdício, mas a experiência tem substância, é factual, autoritária, vive em seu passado e afeta seu presente, seja lá o que você tente fazer a respeito."

A Mulher Silenciosa é um livro narrado em terceira pessoa, mas com capítulos divididos entre Ele e Ela, que mostram o lado de cada um, os pensamentos, o dia-a-dia, de cada um dos personagens principais. Tenho que dizer que, algo que eu não sabia e descobri somente na contra capa do livro, é que a autora faleceu em 2013, enquanto escrevia um novo thriller, e isso foi algo bem triste, pois era uma autora excelente e muito talentosa.

O livro me chamava a atenção por sua premissa, desde que ouvi falar pela primeira vez dele. Mas eu não me lembrava de ter lido alguns detalhes da história na sinopse, mas esses com certeza aumentariam meu desejo de ler esse livro. A começar pela Jodi, que é uma psicóloga. Eu acho que nunca li um livro que tenha um psicólogo como personagem principal, que mostre realmente o trabalho que este desenvolve, e esse livro ter mostrado trechos de uma análise, foi algo muito interessante pra mim. Eu gostei demais que a autora se interessou em realmente pesquisar como é o trabalho desse profissional, e toda a atuação da Jodi no livro foi muito crível, porque é como as terapias se desenrolam mesmo.

"Os outros não estão aqui para satisfazer as nossas necessidades ou expectativas, e nem sempre nos tratarão bem. Não aceitar isso é ver surgir sentimentos de raiva e rancor. A paz de espírito vem quando aceitamos as pessoas como elas são, enfatizando seu lado positivo."


Outra coisa que gostei demais nesse livro foi por como ele consegue nos prender do início ao fim. Os capítulos são relativamente curtos, mas acabam sempre com aquele gostinho de quero mais, nos fazendo querer saber mais o que vai acontecer, e por isso foi uma leitura muito rápida pra mim. O modo como as coisas vão acontecendo, é tão gradual que se torna possível, e eu estou tentando há alguns minutos escrever uma frase para finalizar esse parágrafo, mas tudo me parece um spoiler, haha.

O Todd, é tão mas tão lixo de homem, tão insuportavelmente arrogante e cheio de si, que eu só conseguia sentir raiva dele. Até em alguns momentos em que as pessoas podem ter sentido certa empatia por ele, eu ainda sentia desprezo, haha. Ele consegue ser aquele tipo de homem desprezível, que trai a mulher, que trai a amante, que não consegue manter um relacionamento normal com uma pessoa que ele diz amar, que se acha a pessoa mais importante do mundo, que termina com a esposa mas ainda quer continuar tendo sexo casual com ela, enquanto a atual namorada está grávida em casa... são tantos defeitos, a autora conseguiu tornar Todd tão insuportável, que é difícil demais ter qualquer sentimento bom em relação a ele.

"Ela não sabia, na época, que a vida sabe como encurralar as pessoas em um canto. Fazemos nossas escolhas quando somos jovens demais para entender as implicações do que decidimos, e, a cada escolha que fazemos, o campo de possibilidades se estreita. Escolher uma carreira é abrir mão das outras. Escolher um companheiro é se comprometer a não amar nenhum outro."

O único detalhe que, pra mim, não incomodou, mas que pode incomodar quem não gosta, é que o livro traz alguns detalhes a respeito da psicologia, contando um pouco sobre linhas de pensamento da área, contando detalhes de como ocorrem alguns fenômenos psicológicos, e acho que se demora demais em algumas partes muito científicas, que para um leitor que não é familiarizado ou não se interessa por psicologia pode achar meio maçante.

Apesar disso, é um livro muito bom, com uma história muito incrível e que me fez ficar refletindo por um tempo a respeito do que é considerado moral ou imoral diante das situações vivenciadas pelos personagens porque, sim, você acaba torcendo para que coisas consideradas muito erradas dêem certo, haha.

Mas e aí, você já leu esse livro? Me conta aí nos comentários o que achou.

Beijinhos!


Título Original: Harry Potter and the Prisioner of Azkaban
Autor: J. K. Rowling
Editora: Rocco
Pág: 288

O livro começa mais uma vez nas férias tão temidas de verão, em que Harry precisa passar com seus detestáveis tios e primo. Para ajudar, além dos tios que já o detestam, uma irmã do tio Dursley vai passar uns dias em sua casa, e ela o atormenta com seus comentários maldosos e cruéis sobre o menino. Harry aguenta calado, com muito custo, tudo o que a terrível mulher fala sobre ele, porém, quando esta menciona de forma pejorativa seus pais, ele estoura, e faz algo que pode levá-lo até a ser expulso de Hogwarts.

Harry sai da casa de seus tios no meio da noite, decidido a não voltar mais para lá, e vai para o Beco Diagonal num Nôitibus, cujo ocupante fala sobre um tal prisioneiro que fugiu de Askaban, a prisão mais segura do mundo dos bruxos, e mais temida também, chamado Sirius Black. Chegando no Beco Diagonal, ele é recebido pelo Ministro da Magia e passa os dias, até o início das aulas, num dos quartos disponíveis.  Chegam lá também a família de Rony, e Harry vive seus melhores dias de férias, perto das pessoas de quem gosta, fazendo aquilo de que gosta, e obviamente, longe dos seus tios e primo. Porém, na ultima noite antes de embarcar, Harry ouve uma conversa escondido entre os pais de Rony, que revela quais são os verdadeiros planos de Sirius Black, um seguidor de Voldemort, que, spoiler, são de ir atrás de Harry em Hogwarts.

Nesse livro conhecemos os dementadores, seres assustadores que guardam a prisão de Askaban, e que vivem da "felicidade" dos outros. Eles sugam essa "energia boa", e deixam o local por onde passam extremamente frio, além de evocar as lembranças mais profundas e terríveis que a pessoa já viveu, levando-as a uma extrema tristeza. No decorrer da história também nos é revelado mais detalhes sobre os pais de Harry, e a forma como eles realmente morreram, assim como quais eram os amigos mais próximos de seu pai, e seu dia-a-dia em Hogwarts.

"A pessoa pode viver sem alma, sabe, desde que o cérebro e o coração continuem a trabalhar. Mas perde a consciência do eu, da memória... tudo. Não tem chance alguma de se recuperar. Apenas... existe. Como uma concha vazia. E a alma fica para sempre... perdida."

O terceiro livro da saga Harry Potter, foi um dos livros mais reveladores até então. No decorrer da leitura, nos é mostrado muito sobre a história de Harry, com uma reviravolta final que realmente não foi esperada. 

Confesso que eu demorei para engrenar a leitura desse livro. Sempre ouvi falar que este é um dos melhores da saga, e depois de ler, posso dizer que concordo! Porém, o começo foi um pouco difícil pra mim, e por isso, desisti da leitura na primeira tentativa. Mas, que bom que eu voltei, rs.

Acho que o mais legal na leitura dessa série é que no decorrer dos livros, vamos conhecendo um pouquinho mais sobre o Harry, "aprendendo" com ele sobre o mundo incrível dos bruxos, e realmente acompanhando o amadurecimento do personagem, que acredito que também nos mostre o amadurecimento da autora em relação a história. Os livros realmente vão ficando mais intensos, mais profundos no decorrer da série, e achei muito legal, porque realmente a história de Harry é muito triste, apesar de sabermos que ele sempre vence no final, rs.

"Você acha que os mortos que amamos realmente nos deixam? Você acha que não nos lembramos deles ainda mais claramente em momentos de grandes dificuldades? O seu pai vive em você Harry, e se revela mais claramente quando você precisa dele."

Eu ainda não consegui assistir o filme desse livro, que é algo que eu sempre faço ao terminar a leitura, e estou ansiosa por isso, para poder fazer comparações, e visualizar alguns personagens de uma outra forma,rs. Espero conseguir ler mais livros da saga ainda esse ano, e não vejo a hora de completar a série toda!

E você, já leu algum livro do Harry Potter? O que achou desse livro? Me conta aí nos comentários.

Beijinhos!


Título Original: Between Shades of Gray
Autor: Ruta Sepetys
Editora: Arqueiro
Pág: 240

O livro conta a história de Lina, uma garota lituana de 16 anos, que vê sua vida tão cheia de esperanças ruir quando os soviéticos invadem seu país, e faz os supostos "opositores" do comunismo prisioneiros, levando-os para campos de trabalho forçado.

A história já começa com o momento em que a família de Lina, é levada pelos soldados. Porém temos flashs, a partir da narrativa dela, de situações ocorridas antes da invasão.Ela levava uma vida tranquila com sua mãe, seu pai, e seu irmão mais novo. Seu pai conversava muito sobre política com colegas que ele levava em casa, e Lina sempre ouvia as conversas. Sendo uma aspirante a artista, por diversas vezes Lina desenhava aquilo que ouvia das conversas do pai, apesar das várias repreensões dele quanto a isso, já sabendo o quão perigoso era se opor ao regime. Lina também relembra de fatos de sua adolescência, em que vemos conflitos comuns e até bobos de adolescentes, misturados a um clima de tensão devido a iminência da invasão em seu país, e à Segunda Guerra Mundial.

Quando a família dela é levada, seu pai já havia sido preso antes. Então, só restavam os três, e sua mãe não queria que sua família ficasse ainda mais separada, por isso fez de tudo para que, ao serem obrigados a embarcar num trem em que não sabiam o destino, ficassem todos juntos. Nesse trem, embarcaram vários outras pessoas, inclusive uma moça que havia acabado de dar a luz, e que fora retirada do hospital junto com sua bebê, ainda sangrando, para ser levada presa.

Todos eles estão na mesma situação, sendo levados não se sabe para onde, nem por que, num trem em que piolhos já eram em maior número do que as pessoas, tendo que se alimentar com a lavagem que os soldados lhes davam, e fazendo suas necessidades por um buraco no vagão.

No decorrer da história eles são levados para um campo de trabalho forçado, onde os serviços variam entre plantar beterrabas, trabalhar na fábrica, cortar lenha... A prisão, a situação vivida e a tristeza que isso traz é tanta, que as pessoas que se conheceram naquele vagão passam a ter o apoio apenas desses desconhecidos, que se tornam amigos e amores, e as únicas pessoas com quem contar. Juntos, eles relembram histórias de sua amada Lituânia, tentando nutrir esperanças de um dia poderem retornar a seus lares e reencontrar suas famílias.

O livro é todo narrado em primeira pessoa, por Lina, o que foi uma excelente escolha narrativa, pois nos deixa muito mais próximos dos personagens, e faz com que consigamos "sentir" aquilo que é dito no decorrer da leitura.

Eu já havia lido o livro, anteriormente, com o título de "A Vida em Tons de Cinza". Como eu li o livro há algum tempo, ao reler agora eu nem me lembrava que era a mesma história. Lembro que quando li pela primeira vez, a história me surpreendeu muito, pois não conhecia esse lado da Segunda Guerra Mundial que a autora retrata em seus livros. Estava acostumada a ler livros que falavam sobre o nazismo, e os campos de concentração alemães, mas nem imaginava o quanto outros povos também sofreram durante esse períodos, especialmente devido as ocupações soviéticas.

O livro nos mostra esse lado da guerra, que muitas vezes não é contado, mas que, assim como já sabemos que ocorria nos campos de concentração nazistas, também foi permeado por torturas físicas e psicológicas, sofrimento, morte e degradação. Pela visão de Lina podemos ter uma ideia do quanto tudo o que tinham fora tirado, não só em relação a bens materiais, como também a dignidade, a família, os direitos como cidadãos,  e como a maioria deles nem sequer sabia o motivo de tudo aquilo estar acontecendo com eles.

Além de retratar todos os horrores da guerra, o livro também nos traz uma história de amor adolescente, que surge em meio a algo tão devastador, mas que é o que dá forças ao casal para continuar enfrentando o trabalho forçado, a fome e o frio, nutrindo neles a esperança de que um dia poderão viver esse amor em paz. E é muito lindo o quanto esse sentimento pôde surgir em meio a guerra, e o quanto ele foi capaz de levantar os dois personagens, e lhes dar uma injeção de ânimo, mesmo quando já pensavam em desistir.

Enfim, a narrativa do livro é bem fluida, apesar de relatar acontecimentos tão tristes, e muitas vezes pesados. A autora porém consegue nos fazer mergulhar nesse universo, e ficamos ávidos por querer terminar a história, torcendo para que, apesar de todas as tragédias, o final nos traga um momento bom para os personagens.

Recomendo muito a leitura desse livro, e espero poder ler mais livros da autora em breve.

Fiquei sabendo, ao procurar mais sobre o livro, que será lançado um filme contando essa história, e já fiquei bem curiosa para assistir.

E você, já leu esse livro, ou conhece algum outro livro da autora? Me conta aí nos comentários.

Beijinhos!


 Olá meus amores, 

Hoje o post vai ser um pouco diferente. Hoje eu vim aqui para enaltecer (e encorajar) os blogueiros literários! 


Se você viveu nos anos 2008 (ou antes, é que foi nessa época que eu conheci os blogs, kk), sabe que esse mundo todo de internet era beeeem diferente. Era uma época de MSN, Orkut, salas de bate papo, e uma internet em velocidade meeeeega lenta, rs. Apesar disso, eu acho que nós vivenciamos a experiência de "navegar na web" de uma maneira muito mais intensa. Quando tínhamos a oportunidade de sentar na frente daquele computador para acessar, nós realmente aproveitávamos aquele momento. Não sei também se por causa da dificuldade de acesso, mas acho que os conteúdos postados nas poucas redes sociais que utilizávamos era mais relevante, pelo menos para nós, visto que ninguém ia perder tempo postando asneira, sendo que talvez aquela fosse a única oportunidade do dia de escrever um scrap ou mandar um depô para um amigo. 

Pois bem, mas o que isso tudo tem a ver com os blogs, especialmente os literários? Acontece que, como eu falei, a internet tinha conteúdos muito mais escassos naquela época, novamente, talvez porque a velocidade dessa ferramenta era muito lenta, então para subirmos algum conteúdo levava um tempo maior do que hoje em dia. E, foi justamente nessa época, em que a internet não carregava vídeos numa velocidade surreal, e as vezes nem imagens muito pesadas, que os blogs ganhavam força, com suas páginas simples e conteúdo escrito, que era bem mais fácil de carregar.

Foi nessa época que muitos blogueiros famosíssimos começaram a surgir, e sim, começaram escrevendo em blogs, apesar de hoje em dia muitos terem abandonado essa ferramenta para se dedicar somente aos vídeos. Mas, hoje eu vim aqui para te dizer, meu caro e querido blogueiro que lê esse post: não desista de blogar! E por quê ?

Bom, apesar das diversas ferramentas que temos acesso hoje, apesar de diversas redes sociais, em que os conteúdos são difundidos de forma muito rápida e atraindo muito mais gente, apesar de muitas pessoas não terem tempo para parar uns minutinhos e ler alguma coisa, preferindo assistir algo enquanto fazem outras mil coisas... apesar de tudo isso, o trabalho feito por um blogueiro, que se dedica a pensar numa postagem, a escrever vários parágrafos a respeito de algo em que acredita, que interage com os seus leitores, é de uma importância muito grande, na divulgação de leituras que, muitas vezes, não fazem parte do hype, e que por isso não são muito difundidas. Também leva as pessoas a se interessarem por livros que nunca escolheriam por si mesmas, por um título que não lhes agrada, ou por ser de um gênero que não tem familiaridade. 


Além disso tudo, outro motivo muito, mas muito importante de porque os blogs literários não podem morrer, é porque, por menor que seja o blog, por menos visitas que tenha, ou por mais que pareça que estamos escrevendo para ninguém às vezes, esse é nosso cantinho nesse mundão de internet, com tanta coisa, tanta informação. É nosso espaço de expressão, onde nos sentimos livres para expor nossas opiniões, divulgar um amor que temos, e, quem sabe, trazer mais pessoas para esse universo literário, tão vasto e tão abrangente.

É isso galera, o texto de hoje foi bem diferente, mas é que me deu vontade de falar sobre isso, até mesmo para me motivar, visto que fazia tanto tempo que não escrevia por aqui. De novo, não por não gostar, ou por ter me desinteressado, mas pela bendita falta de tempo. E vou continuar vindo aqui, esporadicamente, sempre que eu conseguir, para eu também contribuir com essa iniciativa de manter esse blog vivo!

Beijinhos!



A-lista-dos-meus-desejos-inicio-de-conversa
Título Original
: La Liste de Mes Envies

Autor:  Grégoire Delacourt
Editora: Alfaguara 
Pág: 152

O livro conta a historia de Jocelyne, uma mulher de meia idade, com uma vida pacata e tranquila, que passa seus dias trabalhando em seu armarinho, e que mora em uma casa simples com seu marido, Jocelyn. Jo parece ser um tanto insegura em relação aos sentimentos de seu marido por ela, e acredita ser pelo fato de ser, como ela diz, gorda.

Levando uma vida um tanto quanto monótona e simples, Jo parece se sentir satisfeita e acomodada com tudo, inclusive com um casamento que já vivencia uma rotina. Após muitos altos e baixos, finalmente eles também vivem uma relação acomodada, tranquila, mas sem muita paixão e amor ardentes. Jo também administra um blog sobre tricô, armarinho, costura, etc, em que posta um pouco sobre o seu trabalho, e, ainda que não saiba, ajuda muitas outras mulheres como ela, através de suas palavras.

"Porque nossas necessidades são nossos pequenos sonhos cotidianos. São nossos pequenos afazeres, que nos projetam para amanhã, para depois de amanhã, no futuro; esses pequenos nadas que compraremos semana que vem e nos permitem pensar que continuaremos vivos semana que vem." 

Apesar de satisfeita com a vida que leva, Jo decide, por influência de suas amigas, comprar um bilhete de loteria. Sem nenhuma pretensão, adivinhem quem é a ganhadora do prêmio de 18 milhões de euros?

Mas Jo, diferente do que poderiam pensar, decide guardar essa fortuna em formato de cheque em sua casa, e, apesar de ser milionária, continua levando a vida que sempre levou, como se aquele dinheiro não existisse, até que enfim decida o que fazer com ele e como contar ao marido que agora eles tem MUITO dinheiro. Ao contrário de Jo, seu marido tem sonhos de consumo, que incluem coisas simples e exageradas, as quais eles nem consideram como possíveis, mas, não custa nada sonhar, né?

"Passamos uma vida enchendo uma casa; e, quando ela está cheia, estragamos as coisas para poder substituí-las, para ter o que fazer no dia seguinte. Chegamos a estragar o casamento para nos projetar em outra história, outro futuro, outra casa."

Antes mesmo do tão sonhado prêmio ser dela, Jo já imaginava que, com a possibilidade de ser rico, seu marido com certeza iria largá-la por alguém mais jovem e bonita, e, agora com tanto dinheiro, esses medos ficam ainda mais reais. Além disso, ela tem a consciência de que nem todo dinheiro do mundo compra a felicidade, e não quer arriscar perder a si mesma, sua essência, por isso. Ela passa então a planejar, através de listas, o que faria com esse dinheiro, enquanto reflete sobre todas as mudanças que aquilo irá acarretar em suas vidas, até que decida de fato usufruir de sua fortuna.

"Ser rico é detectar tudo o que é feio, uma vez que o rico tem a arrogância de pensar que pode mudar as coisas. Que basta pagar para isso."

A lista dos meus desejos é narrada em primeira pessoa por Jo, numa escrita que nos torna tão próximos da personagem que é impossível imaginar essa leitura por uma outra perspectiva.

Esse livro já estava na minha lista há muito tempo, e nem me lembrava mais do que se tratava sua história. Peguei para lê-lo sem pretensões, sem nenhuma pré concepção, sem saber o que me esperava, e fiquei totalmente envolta por essa história e apaixonada!

O livro traz reflexões muito profundas e intensas, a respeito do dinheiro, das mentiras que todos os dias contamos uns aos outros e a nós mesmos, dos relacionamentos duradouros, enfim. Todas temáticas tão importantes, e que realmente mexem com o leitor, por serem coisas muito próximas da nossa realidade. Outra questão abordada no livro é a respeito do luto, e como cada pessoa vivencia essa experiência de maneira diferente, e do quão doloroso é perder alguém que amamos.

"Você me faz falta. Seus carinhos me fazem falta. O barulho do chuveiro quando você chegava em casa me faz falta. Mamãe me fez falta. Minha infância me faz falta."

Senti uma empatia sem tamanho por Jo, que relata suas inseguranças e seu relacionamento meio desgastado e morno com seu marido, de maneira que realmente conseguimos sentir sua dor. Houve momentos em que eu quis socar a cara desse marido dela, e outros em que queria apenas oferecer meu ombro para essa mulher chorar.

"[...] quando me preocupo, ela responde com um riso nervoso que deforma sua boca, se eu parar, Jo, vou desabar, e se eu desabar, tudo desaba comigo, então não me segure, me empurre, me empurre."

Eu ainda não havia lido nada do autor, e, no começo, me causou uma certa estranheza a sua forma de escrita. As vezes me confundia com os pensamentos e falas dos personagens, por não estar muito bem definido quem estava falando naquele momento, mas não foi nada que impediu o desenrolar da leitura que, pelo contrário, fluiu muitíssimo bem, e, me adaptando a uma escrita diferente, conclui o livro em apenas dois dias. Vi algumas resenhas falando sobre o enredo ser um pouco lento e parado, mas o livro é extremamente reflexivo e intenso, e não seria possível abordar de maneira tão profunda certos aspectos se a narrativa fosse corrida e cheia de ação.

Finalizo dizendo que adicionei mais um livro à minha lista de favoritos! Simplesmente amei essa história, e tirei dela várias lições que com certeza levarei pela minha vida toda. 

E você, já conhecia esse livro? Me conta o que achou dessa história linda aqui nos comentários.

Beijinhos!


Olá meus amores,

Eu não sei vocês, mas eu tenho um pequeno bloqueio de ler livros repetidos. Acredito que seja por ter uma lista enorme (e que aumenta cada dia mais) de livros a serem lidos, aí acabo achando que seria um "desperdício de tempo" fazer uma releitura. 

Mas, mesmo pensando dessa forma, tem tanto livro que eu AMEI, mas que li há muito tempo, em outra época da vida, e que seria incrível reler, que eu acho que valeriam a pena "gastar meu tempo" novamente. E a lista de hoje é exatamente com esses livros que eu amei e que pretendo ler novamente ao longo da minha vida.

Um dia - David Nicholls

Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar um no outro.
Os anos se passam e Dexter e Emma levam vidas isoladas — vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois.
Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria vida.
Um Dia é um fenômeno editorial no Reino Unido, sucesso absoluto de crítica e público, e teve o roteiro adaptado para o cinema pelo próprio autor, David Nicholls.

O Diário de Suzana para Nicolas - James Patterson

Depois de quase um ano juntos, o poeta Matt Harrison acaba de romper com Katie Wilkinson. A jovem editora, que não tinha qualquer dúvida quanto ao amor que os unia, não consegue entender como um relacionamento tão perfeito pôde acabar tão de repente.
Mas tudo está prestes a ser explicado. No dia seguinte ao rompimento, Katie encontra um pacote deixado por Matt na porta de sua casa. Dentro dele, um pequeno volume encadernado traz na capa cinco palavras, escritas com uma caligrafia que ela não reconhece: “Diário de Suzana para Nicolas”.
Ao folhear aquelas páginas, Katie logo descobre que Suzana é uma jovem médica que, depois de sofrer um infarto, decidiu deixar para trás a correria de Boston e se mudar para um chalé na pacata ilha de Martha’s Vineyard. Foi lá que conheceu Matt. E lá nasceu o filho deles, Nicolas.
Por que Matt teria lhe deixado aquele diário? Agora, confusa e sofrendo pelo fim do relacionamento, é nas palavras de outra mulher que Katie buscará as respostas para sua vida.
O diário de Suzana para Nicolas é uma história de amor que se constrói ao virar de cada página. Cada revelação é mais uma nuance sobre seus personagens. Cada descoberta é um fio a mais a ligar vidas que o destino entrelaçou.


A Menina que Roubava Livros - Markus Zusak

Ao perceber que a pequena Liesel Meminger, uma ladra de livros, lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. A mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler. Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade. A vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela História.


O Poderoso Chefão - Mario Puzo

Publicada em 1969, a saga O Poderoso Chefão é, ainda hoje, a mais perfeita reconstrução das famílias mafiosas de Nova York. O carismático Don Vito Corleone é o chefão de uma delas. Apesar de implacável, Don Vito é, essencialmente, um homem justo. Padrinho benevolente, nada recasa a seus afilhados: conselho, dinheiro, vingança e até mesmo o assassinato de alguém. Em troca, o poderoso chefão pede apenas o respeito e a amizade de seus protegidos. Mas ninguém pode vencer as trapaças da idade. Quando todos os seus inimigos resolverem atacar, e seu bem mais precioso, a família, estiver por um fio, o velho Corleone terá de escolher, entre seus filhos, um sucessor à altura.
Mario Puzo constrói, de maneira hábil, um mundo de intrigas, decisões cruéis e honra, num legado de tradição e sangue.


O Perfume - Patrick Süskind

França, século XVIII. O recém-nascido Jean-Baptiste Grenouille é abandonado pela mãe junto a restos de peixes em um mercado parisiense. Rejeitado também pela natureza, que lhe negou o direito de exalar o cheiro característico dos seres humanos, pelas amas-de-leite e por instituições religiosas, o menino Grenouille cresce sobrevivendo ao repúdio, a acidentes e doenças. Ainda jovem descobre ser dotado de imensa sensibilidade olfativa e parte em busca da essência perfeita, do perfume que lhe falta para seduzir e dominar qualquer pessoa. Nessa busca obsessiva, ele usurpa a essência dos corpos de suas vítimas.


E vocês, também tem algum livro que leram a muito tempo e querem reler algum dia? Me conta aí nos comentários.

Beijinhos!



O filme começa com Katie, que está preparando uma festa surpresa para seu namorado, com a ajuda de amigos e de seus pais. Em meio a correria do dia, ela passa na casa do irmão, Seth, para buscá-lo, juntamente com sua sobrinha, uma menina muito muito fofinha. Chegando lá, ela logo percebe alguns sinais de que seu irmão, viciado em heroína, havia voltado a se drogar.

Ao constatar que essa dúvida na verdade se comprovava, Katie parte em busca de uma clínica para desintoxicação do irmão que, inclusive, havia usado a droga pouco antes dela buscá-lo. Porém, não tem sucesso na internação no primeiro lugar onde vai, e precisa procurar por clínicas ainda mais distantes na cidade, tudo isso enquanto sua sobrinha permanece no carro, sem conseguir entender o que está acontecendo, e a festa do seu namorado já havia começado a rolar.


Pelo fato da clínica ser longe, Seth começa a ficar desesperado, querendo mais uma dose da droga, e é desesperador vê-lo naquele estado, como se realmente a falta da droga fosse matá-lo, sendo nítido que ele faria qualquer coisa por mais uma dose. O desespero de Seth assusta sua filhinha, que começa a também ficar inquieta e chorar no banco de trás.

Katie decide então que irá levar o irmão para comprar a última dose da droga, antes de ser internado, e vai para um lugar extremamente barra pesada, onde ela mesma compra a droga, indo depois a uma farmácia, onde compra as seringas para Seth poder utilizar. Começa então uma cena muito perturbadora, com Katie tentando trocar a fralda da sobrinha, num banheiro imundo da farmácia, enquanto Seth se droga na cabine ao lado.



No decorrer do filme, ouvimos áudios de uma espécie de audiobook de auto ajuda, que demonstra exatamente o que Katie está vivendo com o irmão, com quem ela está se afundando junto, ou deixando-a a afundar com ele, exatamente pelo amor que ela sente e por não querer desistir de salvá-lo.

O filme, que é uma produção original Netflix, é bem curtinho, tendo só 01:15hr de duração, então, após muito postergar, eu finalmente me rendi a ele, e acho que valeu muito a pena.

Toda a narrativa do filme se dá num único dia, o dia da festa surpresa, e mesmo assim, consegue nos dar uma dimensão completa do peso que a personagem Katie carrega nos ombros, quando os pais dela comentam que ela sempre quer "salvar" o irmão, quando ela mesma fala isso, e, especialmente, através do audiobook que vai sendo introduzido nas cenas, que nos traz essa sensação angustiante pela qual a personagem passa, como se realmente estivesse se afogando junto com o irmão, devido aos problemas que ele carrega.


Vendo algumas críticas a respeito do filme, li muito sobre a visão que o filme passa de que o dependente químico Seth é na verdade uma pedra no sapato da irmã, mas eu discordo. Sim, o filme mostra o quanto a Katie sofre com essas recaídas do irmão e o quanto ela sempre se dispõe a fazer de tudo por ele, apesar de ele sempre acabar voltando para as drogas, mas acredito que não tenha sido a intenção do filme mostrar Seth como um inconveniente, mas sim mostrar as consequências do seu vício sobre as pessoas que o amam, e o quanto ele deveria querer ser ajudado para que Katie o ajudasse, e que a iniciativa de se desintoxicar deveria vir dele, e não dela.

Enfim, eu confesso que não dava nada para o filme nos primeiros minutos, mas a história é muito envolvente e não tem como não querer acompanhar esses irmãos e ver até onde o amor de um irmão vai, a fim de salvar e proteger o outro. Recomendo o filme e acredito que valha a pena usar uma horinha do nosso tempo para refletir sobre essa realidade.


E você, já assistiu "6 Balões" ? Me conta aí nos comentários.

Beijinhos!


Olá meus amores,

Se tem uma coisa que eu acho terrível é quando eu crio aaaaltas expectativas em relação a algo, e isso me decepciona. Quando o assunto é livro então, nem se fala, porque eu fico com uma sensação de que perdi meu tempo lendo algo que não gostei... 

É por isso que, na grande maioria das vezes, se um livro não está me agradando, eu já abandono mesmo, sem peso na consciência. Porém, algumas vezes, eu insisto no erro, haha, e termino o livro "obrigada", esperando que pelo menos eu tire alguma coisa de bom daquela leitura. E, infelizmente, foi o que aconteceu com os livros de hoje. Vamos a lista?

Tudo e todas as coisas (Nicola Yoon) – não sabia que era um livro estilo YA, que eu particularmente não gosto hoje em dia, apesar de já ter amado durante uma época da minha vida. Então quando começou toda a história e eu vi do que se tratava, achei fraco, e no final da leitura, fiquei com uma sensaçãozinha de perda de tempo.

 




13 Segundos (Bel Rodrigues) – o mesmo aconteceu com esse livro, haha. Eu acho que o contexto da história é muito bom, mas acho que ficou muito rasa a discussão sobre o assunto principal da história, apesar de achar que foi proposital, devido ao público mais jovem a que se destina. Mas esperava mais...






A culpa é das estrelas (John Green) - tudo bem, o livro é super fofo e tudo o mais, mas acho que criei expectativas muito incrivelmente altas sobre ele, e acabou que eu gostei mais da adaptação que foi feita para filme, do que livro em si.







Se você gosta de algum desses livros, por favor, entenda que essa é apenas minha opinião, e que eu compreendo que cada pessoa tem seus gostos, é só que, no momento em que os li, não foi uma boa experiência, mas isso em nada desabona os autores, ou as pessoas que gostaram desses mesmos livros, ok?

Me conta aí nos comentários se você concorda com a minha opinião, e quais foram os livros que te decepcionaram também.

Beijinhos!



Título Original: Nine Perfect Strangers
Autor: Liane Moriarty
Editora: Intrínseca
Pág: 464

O livro conta a história de 9 pessoas, completamente desconhecidas (haha), que, em busca de se aperfeiçoarem, entrarem em contato profundo consigo mesmas e mudar coisas em suas vidas com as quais não estão satisfeitos, se inscrevem em um spa, o Tranquillium House, que promete que irão inevitavelmente sair diferentes de como entraram após passarem por aquela experiência arrebatadora.

Obviamente, cada uma dessas pessoas possuía personalidades diferentes e também objetivos diferentes com aquele retiro. Alguns buscando uma mudança física, outros buscando paz de espírito, outros ainda a recuperação de um relacionamento perdido. Enfim, cada qual com sua história, todos claramente sofrendo de alguma maneira, todos chegam a esse mesmo local.

A criadora do conceito do retiro, é uma ex-executiva, que, após quase morrer de infarto, por ter uma vida toda desregrada e trabalhar insanamente, larga tudo e se volta para o lado espiritual, estudando maneiras de se conectar mais consigo mesma e se transformar, e aplica tudo isso em seu spa.

O retiro logo se mostra algo bem inconvencional. Desde suas inscrições, os participantes tiveram instruções bem específicas sobre não levar nenhum doce, bebida alcóolica ou aparelhos eletrônicos. Chegando lá, passam por um exame de sangue, do qual são informados que ocorrerá diariamente (e sua bizarrice master já começa por aí). Mas, como todos eles estavam em busca de algo que realmente fosse mudá-los, se dispuseram a estar abertos para a mudança. Embarcam então em uma experiência muito peculiar, que envolve meditações de madrugada, dias sem poder conversar com absolutamente ninguém, e uma dieta beeem restritiva. E, mesmo com tudo isso, com certeza eles não esperavam tudo o mais que a Tranquillium House ainda iria lhes oferecer, e como eles de fato teriam suas vidas transformadas.

Nove desconhecidos começa de forma leve. Vai nos apresentando os personagens tranquilamente, sem pressa, nos mostrando suas dificuldades, seus problemas, o que, de forma superficial, os levou a procurar ajuda. Ao mesmo tempo, também nos mostra situações engraçadas vividas pelas personagens em sua busca pelo spa, e até tira algumas risadas nesse início.

No decorrer do livro porém, conforme a autora adentra profundamente a mente dessas pessoas, e nos mostra o quão realmente essas pessoas buscavam por auxílio profundo através daquele spa, e conforme vamos conhecendo realmente aqueles personagens, vemos que o livro é muito mais intenso, e muito mais reflexivo do que poderia parecer.

O livro trata de muitos assuntos delicados, trazendo cenas bem marcantes para mim. Mas acho que o principal tema retratado aqui são as relações familiares, e como elas podem se firmar das mais diversas maneiras, com as mais diversas pessoas, e como essa relação pode nos definir como seres humanos, visto que a família é a primeira "sociedade" em que nos inserimos, e através da qual moldamos em parte nossa personalidade.

Assim como outros livros que já li da autora, devo dizer que a escrita nesse livro é sensacional, a leitura flui muito tranquilamente, e os acontecimentos narrados nos levam a não querer parar de ler quando terminamos um capítulo, rs. 

Me conta aí nos comentários o que achou dessa história, e me indica também mais livros que você devorou rapidinho, rs.

Beijinhos!


Olá meus amores, 

Eu sou uma pessoa das listas, mega organizada com tudo, então obviamente que eu teria uma lista de livros que eu estou doida pra ler, que li várias resenhas positivas sobre, e que está nas paradas de sucesso das leituras mais incríveis, rs. 

Mas, como eu já falei diversas vezes por aqui, eu costumo ler livros emprestados da biblioteca da minha cidade, que por sinal é incrível e super atualizada. E, por conta disso, muitas vezes eu me pegava em meio a milhares de livros nas prateleiras, sem saber ao certo o que escolher. Por causa disso, algumas das minhas leituras acabaram sendo escolhidas pela capa, ou após ler a breve sinopse na contracapa do livro. 

E hoje, eu trouxe uma lista desses livros. Que eu não conhecia, não havia lido nada sobre, ou que não esperava tanto, e que me surpreenderam incrivelmente. Vamos à lista?


U
ma Curva no Tempo (Dani Atkins) – eu nunca tinha lido nada da autora, achei que fosse ser só mais um romance normal, com final meio previsível, e de repente PÁAAAAAAAAAAAAA! A autora fez meu coração em trezentos mil pedacinhos, e terminei ele em soluços desconsolados, haha.
O Ano da Graça (Kim Ligget) – peguei ele pela capa, confesso. Eu vi a sinopse, e achei que era mais uma distopia estilo jogos vorazes e tal. Mas nossa, me surpreendi muito com a profundidade do livro, e gostei demais dele.
A Lista dos Meus Desejos (Gregóire Delacourt) – um livro que estava na minha lista há muuuito tempo, e que eu nem me lembrava mais do que se tratava, mas quando eu li, foi lição atrás de lição, uma história inspiradora, e que me ensinou muito sobre o sentido da felicidade.

 






Tudo Pelo Amor Dele (Sandie Jones) –  eu peguei esse livro na biblioteca, sem conhecer a história, nem a autora, sem esperar nada dele, na real. E foi um livro muuuito bom, que me prendeu do início ao fim, e deu uma reviravolta no final que me deixou sem ar, haha.








A Guardiã da Minha Irmã (Jodi Picoult) – esse foi o primeiro livro da Jodi Picoult que eu li, e foi através dele que conheci minha autora preferida de todos os tempos, rs. Eu amei demais essa leitura, e depois dela fiquei loucamente procurando todos os livros da autora publicados no Brasil, e já devorei praticamente todos eles.
Quarto (Emma Donoghue) – pra quem não sabe, esse livro foi a inspiração para o filme: O Quarto de Jack. Porém quando o li ainda não havia o filme, e o livro nem era assim tão badalado. A história ser contada do ponto de vista da criança transformou uma história completamente de terror, em uma história de esperança, de aprendizado... é simplesmente maravilhoso.

 

 





Você Nasceu Para Isso (Michelle Sacks) – um livro que eu esperava tratar de um assunto, mas é muitoooo mais  profundo e intenso do que eu esperava, trazendo questões além de machismo, que era o que eu esperava, e posso dizer que me deixou de queixo caído!

 






A Paciente Silenciosa (Alex Michaelides) -  um livro que tentei ler uma vez, e desisti, porque não estava conseguindo ter uma experiência legal. Por conta de uma insistência de um colega, alegando que o livro seria bom, eu tentei de novo. E foi uma loucura quando eu conclui ele, e entendi o porque do meu colega ter insistido, rs.

 






Tempo de Partir (Jodi Picoult) – é outro livro da amada Jodi Picoult. E o que me surpreendeu dessa vez não foi o fato de não imaginar que leria uma história maravilhosa, e sim o fato da autora ter colocado um detalhe no final do livro que me fez querer ler o livro todo de novo, de tão incrivelmente inesperado que foi, rs.







Espero que tenham gostado da lista, e que te incentive a conhecer algum dos livros citados que ainda não conhecem, e me conta aí nos comentários quais livros também te surpreenderam positivamente.

Beijinhos!