Sinopse: Inglaterra, 1797. As cinco irmãs Bennet - Elizabeth, Jane, Lydia, Mary e Kitty foram criadas por uma mãe que tinha fixação em lhes encontrar maridos que garantissem seu futuro. Porém Elizabeth deseja ter uma vida mais ampla do que apenas se dedicar ao marido, sendo apoiada pelo pai. Quando o sr. Bingley, um solteiro rico, passa a morar em uma mansão vizinha, as irmãs logo ficam agitadas. Jane logo parece que conquistará o coração do novo vizinho, enquanto que Elizabeth conhece o bonito e esnobe sr. Darcy. Os encontros entre Elizabeth e Darcy passar a ser cada vez mais constantes, apesar deles sempre discutirem.



A história gira em torno da família Bennet, cujos progenitores não poderiam ser mais diferentes: a mãe é extremamente espalhafatosa, chamativa e exagerada, enquanto que do pai mal se ouve a voz, visto que quase sempre se abstém de dar sua opinião e, quando o faz, quase sempre esta vêm carregada de sarcasmo. Das filhas, acredito que possamos dizer o mesmo, com cada uma tendo uma personalidade distinta: Jane, a mais velha, é singela, paciente e vê bondade em tudo e todos; Elizabeth é a mais "moderninha", tendo sonhos que vão além de simplesmente ter um futuro confortável com um marido "qualquer"; Mary é sempre quieta, parece estar sempre de mal humor e muito reclusa em seu mundinho; Lydia e Kitty, as mais novas, são duas espevitadas, que não podem ver um oficial sem ficarem completamente descontroladas.

O filme vai assim mostrando as relações familiares dos Bennets, nos mostrando as características de personalidade tão distintas de cada personagem. Com a chegada do Sr. Bingley e seu amigo, Sr. Darcy, a mãe logo vê uma excelente oportunidade de casamento para sua filha Jane. Porém, os costumes e a cultura da época e dessa sociedade não permitem que as mulheres expressem realmente seus sentimentos logo de cara, sendo necessário "se fazer de difícil", para que não fossem vistas como mulheres fáceis, e por isso, a história do casal demora a se desenrolar. Entre o Sr. Darcy e Elizabeth há um atrito constante, de pensamento, de opiniões, de visões de mundo, e até devido as origens familiares (sendo ele de família muito rica, e ela, pobre). 



O filme traz ótimas atuações, com Keira Knightley (Elizabeth) tendo sido indicada ao Oscar de melhor atriz. Foi baseado no livro de Jane Austen, de mesmo nome, lançado em 1813. É um clássico, que traz um romance, simples, inocente, "antigo", como tem que ser, devido a época em que foi escrito.  O amor é retratado como algo que se constrói a partir do conhecimento um do outro, de suas particularidades, gostos e etc. É um sentimento que vai sendo edificado ao longo do filme, sendo que demora até mesmo para os próprios personagens se perceberem apaixonados.

Sendo baseado num livro, há, obviamente, muito mais conteúdo do que pode ser passado para um filme, e por isso pode haver uma certa decepção por parte do espectador. Além das coisas óbvias, que não podem ser passadas num filme, como pensamentos, descrição de cenário e etc, há também a questão de como o leitor constrói o personagem em sua mente enquanto lê, a forma com que imagina o personagem falando, agindo, enfim, que é uma particularidade que se perde no filme, evidentemente. Além disso, para os mais impacientes, talvez seja difícil se concentrar em um filme de duração de 02:15hrs, em que a maioria das cenas traz diálogos com linguagem mais rebuscada, com pouca ou nenhuma "ação".

Enfim, Orgulho e Preconceito é um filme para quem gosta de romances clássicos, de época, que trazem um romance que parece ser impossível num primeiro momento, mas que vai se tornando cada vez mais real, e que, apesar de ser um romance, trazem uma visão realista, do tipo: nada e nem ninguém é 100% perfeito. 




Recomendo demais para quem gosta desse estilo de filme, e queira se emocionar um pouquinho com uma história de amor muito linda e atual.



Beijinhos!


"Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus, creiam também em mim" Jo 14:1


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